17.1.06

Fuck my back

Que Brokeback Mountain.
Vão se foder.

Felicity Huffman ganhou um prêmio por interpretar um transexual.
E agradeceu por todas as pessoas que foram marginalizadas um dia e fizeram o que tiveram que fazer para serem quem elas eram.
As pessoas aplaudiram.
Vão se foder.

14.1.06

Quem casa não sai de casa

Que o meu futuro cunhado e já filho preferido que meus pais não tiveram (com direito ao nome que eu teria se não fosse o atual) fique ocupando o computador pra baixar porcarias nerds enquanto eu queria jogar The Sims 2 eu posso tentar aturar com muita impaciência e alguma elegância.

Agora jogar fora os meus filmes do Dave trepando com seu colega de quarto já é uma putaria do caralho.

Parade of the athletes

Por acaso o Tiësto veio de brinde no montante absurdo que a Globo tem de pagar à holandesa Endemol?

Estou pasmo.

6.1.06

Summer of sam

Agora eu uso boné.
E ainda comprei uma regata.

5.1.06

Sem dias entre o céu e o mar

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver. O mundo na TV é lindo, mas serve para pouca coisa. É preciso questionar o que se aprendeu. É preciso ir tocá-lo."
[Amyr Klink, Mar sem Fim]

Preciso buscar o que é meu.

3.1.06

Million dollar baby

Minha mãe descobriu que eu era gay cedo, quando viu uma revista minha de homens trepando. Disse que deveríamos procurar um psicólogo, já que não era coisa normal. Desse dia eu lembro de não ter respondido nada, apenas de ter chorado longamente, doído, mais tarde eu saberia, desconsolado por ter visto minha ilusão de estrutura familiar se espatifar no chão do alto dos meus doze anos de idade.

Doze anos também foi o ano em que na sexta série eu ganhei um certificado de honra ao mérito por um excepcional resultado numa Olimpíada de Matemática de âmbito Ibero-Americano.

Anos mais tarde eu procuraria meus pais num ato-clichê-brega na noite de Natal para revolver um assunto que havia sido ignorado por tantos anos. Não lembro direito mais como nem porquê, mas meu pai não vinha. Cometi o erro de começar a conversar com a minha mãe e ela disse que "para meu pai não era tão fácil, para ele era mais difícil". Já que se todas as pessoas reagissem como minha mãe o mundo definitivamente seria um lugar melhor.

Hoje meu pai me perguntou se eu já podia pagar a faculdade. Antes meu pai dizia que pagaria um curso pra mim se eu precisasse. Meus pais nunca me parabenizaram ou me incentivaram demais a desenvolver minhas claras aptidões intelectuais. Não sei direito o que querem de mim. Ou sei. Mas não posso dar.