Um copo d'água por favor

E chega também dessa palhaçada de Terri Schiavo. Já vem tarde a legalização da eutanásia. E que putaria é essa de levar um copo d'água pra fulana beber. Porque um copo d'água pra quem morre de sede na favela ninguém quer levar.

Grama verde

Chega de Big Brother. Chega de Jean. Chega dessa palhaçada de eu adorava o professor gay desde o primeiro episódio. E que vá a merda todo mundo que acha que o país rompeu preconceitos porque um viado ganhou um milhão de reais. Porque o filho da vizinha gay todo mundo acha bonito. Quero ver quando for o seu.

Gus e Marco

Gus vestia uma camiseta de listras horizontais preta e cinza-claro. Botas e um short também preto. Usava um quepe que não tirava nem quando ia tomar banho. Sem ocupação profissional numa casa com três mulheres, cozinhava com maestria. Bastante popular e brincalhão, costumava dar festas e era muito querido pelos amigos.

Marco era vizinho de Gus. Bem mais reservado que o colega, passava boa parte do seu dia no seu emprego geek com computadores. Monocromático em seus trajes de tom rosa envelhecido, bermuda até o joelho, camiseta de manga comprida, sandálias e barba por fazer. Era apaixonado pelo roommate-affair Felipe. Cantava quietinho, intimista. Falava gesticulando.

Marco e Gus não estão mais entre nós.
Foram deletados pela minha irmã.

Eles eram meus Sims preferidos.

Idiota, porém celestial

1: Qual seu nome?
2: Gabriel.
2: O seu?
1: Rafael.
1: (sorriso)
2: Que foi?
1: Dois anjos.

Espelho

O mesmo fascínio pelas pessoas. O mesmo senso de observação. O mesmo olhar contemplativo. A mesma sensação de melancolia. A mesma inquietude. O mesmo senso de ética e companheirismo. A mesma categoria de carisma natural.

O que você faz quando encontra alguém igual a você?

Porque pra existir liderança oculta é preciso que alguém lidere. Ou ocupe essa posição.

Ivan o terrível

Um homem fez tudo o que pôde.

Venceu aquele que retornava à equipe adversária e que era favorito após ausência de cinco anos.
Manchou o aproveitamento de cem por cento no torneio de uma das melhores duplas do mundo.
Sacou como um leão, abusou de forehands potentes e correu. Correu muito.
Enfrentou a horda de torcedores contra e após mais de oito horas e meia jogadas em três dias, despachou em cinco sets o homem que o havia vencido nos últimos cinco confrontos, o terceiro do mundo e melhor saque do planeta.

E conseguiu.
O homem impingiu a primeira derrota na história do campeonato, a primeira vez em mais de cem anos que os os maiores vencedores do torneio de seleções mais importante do tênis perderam numa primeira rodada em casa. Com equipe completa. Quatro top ten.

Eu teria gritado com toda a força dos meus pulmões.
Mas ele deu um sorriso. Levantou os braços engrandecidos. E sorriu para os céus.

Um croata. Destronou a nação mais poderosa do mundo.
Caramba. Como eu amo o esporte.

Contos de Príncipes (ou 'é uma pena')

Hoje no Rá-Tim-Bum um príncipe simbolizado por um carretel de linha de cor escura com uma pena em cima não se interessou por nenhuma das moças do baile, simbolizadas por carretéis delgados com um anel em cima. Tampouco quis nenhuma das moças da vila, simbolizadas por carretéis brancos sem nenhum adorno.

Passeando ao longo do rio, apaixonou-se por uma princesa na margem oposta, mas teve que esperar muito tempo até que uma ponte fosse construída para que pudessem selar o amor que tiveram à primeira vista.

Sonho com um dia em que príncipes irão se apaixonar por carretéis com uma pena em cima do outro lado do rio.
E que de preferência saiam nadando para conseguirem o que querem.

Reencontro

Hoje o técnico de telefones veio consertar a máquina de lavar.
Nem eu sabia que ele era tão versátil.

Pepsi, Spice Girls e a Geração X

"Neela is having a delay adolescent rebellion / a precocious midlife crisis".

Abby Lockhart, médica residente de ER, referindo-se à colega que desisitiu da carreira médica e foi trabalhar num mercadinho meia-boca.

Neela e uma geração inteira.