Crash into me. Really.
Ontem eu fugi do casamento de um colega de infância. Coleguinha, desses do prédio. Longínquos tempos em que frequentávamos a casa um do outro, jogávamos videogame, can-can e chegamos a fundar um clubinho.
Fugi. Não fui. Mal vejo o rapaz há anos, não sei o que faz atualmente, não conheço sua namorada. Mas a festa foi no salão do prédio. Eu poderia ter ido. Mamãe e papai compareceram. E ainda havia um amigo (eventual leitor desse blog) inesperadamente entre os convidados. Mas eu não encarei.
Mas não adiantou.
Sábado de madrugada, voltando de um cineminha à meia-noite.
Entro no prédio e vejo um rapaz interessante de costas. Ele anda devagar, parece levemente embriagado. Mais tarde vejo que ele tem uma lata de cerveja na mão. Acho que não o conheço.
Entro no elevador e descubro que estava enganado. O jovem em questão é o terceiro membro do tal clubinho pré-pré-adolescente. Fico tenso. Não sei quem ele é hoje. Ou talvez saiba. Um pouco. O cara mora no apartamento em cima do meu. E durante anos dormi no quarto embaixo do dele. Tínhamos um clubinho de amigos. Talvez falido. Porém sincero.
Ontem eu evitei ir atrás de um passado e descobrir alguma coisa diferente. Alguma coisa verdadeira. Qualquer coisa. Eu evitei. Mas não adiantou. A descoberta veio até mim. E só fez aumentar minha dúvida. Minha angústia e minha ansiedade. Sobre se eu pretendo encarar meus futuros relacionamentos com a mesma perda de intimidade. Ou se irei fazer alguma coisa a respeito.
Fugi. Não fui. Mal vejo o rapaz há anos, não sei o que faz atualmente, não conheço sua namorada. Mas a festa foi no salão do prédio. Eu poderia ter ido. Mamãe e papai compareceram. E ainda havia um amigo (eventual leitor desse blog) inesperadamente entre os convidados. Mas eu não encarei.
Mas não adiantou.
Sábado de madrugada, voltando de um cineminha à meia-noite.
Entro no prédio e vejo um rapaz interessante de costas. Ele anda devagar, parece levemente embriagado. Mais tarde vejo que ele tem uma lata de cerveja na mão. Acho que não o conheço.
Entro no elevador e descubro que estava enganado. O jovem em questão é o terceiro membro do tal clubinho pré-pré-adolescente. Fico tenso. Não sei quem ele é hoje. Ou talvez saiba. Um pouco. O cara mora no apartamento em cima do meu. E durante anos dormi no quarto embaixo do dele. Tínhamos um clubinho de amigos. Talvez falido. Porém sincero.
Ontem eu evitei ir atrás de um passado e descobrir alguma coisa diferente. Alguma coisa verdadeira. Qualquer coisa. Eu evitei. Mas não adiantou. A descoberta veio até mim. E só fez aumentar minha dúvida. Minha angústia e minha ansiedade. Sobre se eu pretendo encarar meus futuros relacionamentos com a mesma perda de intimidade. Ou se irei fazer alguma coisa a respeito.
4 Comments:
Mortos que ressurgem é coisa de filme de terror B ou sessão espírita picareta! Nunca é muito saudável. Ou o morto vem com um serra elétrica e dilacera suas entranhas, o que pode ser bem dolorido, ou então, você pode ser convidado à participar de um mundo paralelo das relações passadas, o que é bizarro.
Beware!
Hum, você me incentivou a voltar a ativa no blog.
A partir do momento em que decidi me importar só com quem se importa, percebi que não precisaria me importar mais com nada, porque ninguém se importa. And who cares? rs
Eu te entendo. O tempo passa e quando você nota tá tudo mudado. Parece que a gente conhece o começo e o final (ou melhor, o presente), mas não faz muito sentido porque a gente perdeu o miolo da história.
Não deixa de ser triste, de certa forma. Mas, como diria o Sinatra, "that's life".
[Ah sim: eventual leitor e péssimo comentarista. Por isso que geralmente eu fico quieto, hehe.]
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